Neste post irei mostrar um roteiro de 1 dia que fiz quando fui no Vaticano Roma. Irei explicar como chegar vindo de Roma, e também darei dicas de cada passeio e um pouco da história de cada lugar. Prontos?! Então vamos lá!!!
Como chegar no Vaticano Roma
- Metrô – Linha A (MEA) sentido Batistini – descer na estação Ottaviano (caminhada de 500m até o museu)
- Ônibus
- Caso esteja saindo do Coliseu: Linha 81 Risorgimento – descer na Estação Risorgimento
- Caso esteja próximo à região do Pantheon: Linha 492 Metro Cipro – descer na estação Senato
- A pé – Caso esteja hospedado próximo ao Pantheon, vale a pena ir a pé, pois é cerca de meia hora de caminhada – atravessar a Ponte Sant’Angelo
Atenção: se for de metrô, atenção aos “pickpockets”. São os famosos batedores de carteiras, que muitas vezes são moças ou moços muito bem vestidos, mas que furtivamente roubam carteiras dos bolsos e mochilas dos turistas.
Para este roteiro eu sugiro que se visite primeiro o Museu, e depois, a Basílica.
Museu do Vaticano e Capela Sistina
Ingresso: 17 €.
Entrada Gratuita no último domingo do mês.
Dica esperta: Compre seu ingresso com antecedência pelo site, pois sempre tem muita fila!!!
Site Oficial neste link (compra online taxa 5€).
Dicas: atenção ao vestuário durante o verão, pois como nas igrejas, não é permitido entrar com os ombros descobertos ou com bermudas ou saias muito curtas. Compre um ingresso para um dos primeiros horários, pois os corredores do museu são estreitos, e quando está lotado é bem complicado apreciar as obras!! O trajeto é sempre em direção a Capela, então aprecie as obras no caminho, pois não será possível voltar.
O Museu do Vaticano compreende um complexo de museus, que se iniciaram na época do Renascimento. Nessa época era muito grande o interesse por obras de arte. No decorrer da história, os Papas foram reunindo obras de coleções diversas, desde o Egito Antigo até obras de arte modernas. Além do complexo de museus também está localizada no interior do Museu do Vaticano, a famosa Capela Sistina, com seu teto pintado por Michelangelo.
Ao visitar o museu, você tem 2 opções: o roteiro curto ou o roteiro longo. Mas caso queira ver somente as obras mais famosas, elas estão sinalizadas com o número 100 em vermelho.
Galerias do Museu do Vaticano Roma
– Museu Pio Clementino
Fundado em 1717 pelo Papa Clemente XIV e depois administrado pelo Papa Pio VI, o museu conta com uma coleção greco-romana de esculturas. Na Sala Rotonda, em formato de um mini-pantheon, o chão é todo em mosaico, além de ter uma escultura em bronze do Hércules.
– Museu Chiaramonti
Fundado no séc XIX pelo Papa Pio VII possui uma galeria em formato de arco com sarcófagos e estátuas, sendo muitas de bustos dos antigos imperadores.
– Galeria dos Mapas
Esta galeria possui uma série de painéis topográficos (mapas) do território italiano distribuídos por diversos afrescos nas paredes. A obra foi uma encomenda do Papa Gregório XIII em 1580. Levou 3 anos para que Ignazio Danti concluísse os seus trabalhos. No teto estão pinturas de Cesare Nebbia e Girolamo Muziano, todas com muito dourado, o que chama a atenção dos visitantes.
– Museu Gregoriano Egípcio
Constituído por uma grande coleção de artefatos do Egito Antigo, como papiros, múmias de animais, coleção Grassi (objetos em bronze), além de reproduções do Livro da Morte. Este é um livro funerário escrito em papiro de 1550 a.C que contemplava as palavras “mágicas”. Estas palavras deveriam ser pronunciadas para que os mortos atravessassem sua jornada ao outro mundo de uma maneira tranquila.
– Salas de Rafael
Rafael foi um dos artistas mais famosos da Itália na época do renascimento. Foi encarregado de pintar os quartos que serviram como aposentos para o Papa Julio II. São afrescos que recobrem desde as paredes até o teto. Tudo com muito dourado e temática da história do Imperador Constantino, entre outras. A pintura mais famosa é “Escola de Atenas”. Esta pintura retrata os famosos filósofos Aristóteles, Platão, Diógenes e Sócrates.
– Museu Gregoriano Etrusco
Este museu possui 8 galerias com peças da cultura etrusca que foram encontradas durante escavações. Incluem sarcófagos, vasos, obras em bronze e a coleção Gugliemi (diversos objetos de bronze e cerâmica etrusca).
– Capela Sistina
Seu teto foi todo pintado por Michelangelo, portanto, sem ajuda de mais ninguém!!! Incrível, não?! Nela estão retratadas cenas do Livro Gênesis, como a Criação de Adão (onde o seu dedo quase encosta no de Deus), além de cenas do Juízo Final. As paredes também são muito lindas. Foram pintadas por Ghirlandaio e Botticelli. Além disso, neste local é realizado o “conclave”, quando os cardeais se reúnem para escolher o próximo papa.
– Pátio da Pinha
Local muito agradável, em área externa ao museu, conta com um restaurante/café. Ótimo para relaxar e descansar um pouco. Há uma escultura em bronze em forma de pinha que pertenceu ao bisavô de Nero, e no centro do jardim, uma grande esfera dourada.
Obs: o museu abre alguns dias a noite (às 6af) durante a alta temporada. Inclui, além da visita ao museu, um ritual típico italiano, o aperitivi, onde são servidos aperitivos na área externa. Mas é preciso reservar online.
– Escadaria de Giuseppe Momo
No último ponto do museu, já na saída, está uma moderna escadaria em espiral. Foi desenhada pelo arquiteto Giuseppe Momo em 1932, e é construída em “dupla-hélice”. O objetivo era separar quem está subindo de quem está descendo (algo imprescindível considerando a movimentação de turistas). Além disso, também cria um efeito visual surpreendente.
Basílica de São Pedro – Vaticano Roma
A construção da Basílica contou com o trabalho de importantes artistas renascentistas da época, como, por exemplo: Bramante, Michelângelo, Rafael e Bernini. A construção da Basílica de São Pedro começou no governo de Constantino em 1506 , mas passou por diversos projetos, sendo finalizada apenas em 1626. No local da Basílica havia uma antiga igreja, construída sobre os restos mortais de São Pedro. Atualmente, é um Patrimônio da Humanidade da Unesco e é um dos locais cristãos mais visitados do mundo.
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Interior da Basílica de São Pedro
A planta da Basílica tem o formato de uma cruz, sendo o seu domo um dos maiores do mundo. A basílica é tão grande que dá a impressão das pessoas serem pequenas perto de sua grandiosidade. Há corredores amplos e diversas capelas, sendo uma delas a “Capela Sistina” (mas é acessada apenas pelo museu do vaticano). A basílica é toda decorada com mármore e ornamentos cobertos com ouro.
A Basílica tem capacidade para 20 mil pessoas, medindo 218 m de comprimento por 136 m de altura. As obras-primas mais famosas são La Pietà de Michelangelo e a estátua de São Pedro em seu trono, os quais os peregrinos costumam beijar o seu pé.
Uma estrutura que chama bastante a atenção é o Baldaquino, formado por 4 colunas em bronze decoradas com motivos florais, anjos e abelhas. Ele circunda o Altar Papal, também conhecido como “altar da confissão”, o qual está disposto exatamente sobre o túmulo de São Pedro. Este que foi um dos 12 apóstolos e se tornou o 1º papa.
Outros papas estão enterrados na Basílica, com diversas tumbas espalhadas pelos seus altares. Além disso, no subsolo, estão as grutas do Vaticano, onde estão as sepulturas de mais papas. Para se ter acesso, basta descer as escadarias que saem de frente do altar-mor.
Cúpula da Basílica de São Pedro
Michelangelo iniciou sua construção. Porém, Giacomo della Porta e Carlo Maderno finalizaram o projeto. Um passeio imperdível para quem gosta de paisagens é subir até o topo da Basílica de São Pedro. Você pode subir de elevador ou de escada. Entretanto, o elevador chega a pouco mais da metade do caminho. É preciso subir os “últimos” 320 degraus (no total são 550) a pé. Então caso tenha alguma limitação física, não se recomenda este passeio. O ingresso do elevador custa 7€ e da escada, 5€.
Mas antes de chegar na cúpula pode-se ter uma vista majestosa do interior da Catedral, com todos os seus afrescos e mosaicos vistos de cima.
Por fim, do alto da cúpula você terá uma vista panorâmica do Museu do Vaticano, do Palácio do Governo e da Praça de São Pedro. Também é possível ver de perto algumas das estátuas que estão dispostas ao redor da cúpula.
Audiência Papal e Missas Dominicais
Agenda do Papa neste link.
Todas as 4af, as 10h 30 da manhã, os peregrinos se reúnem em frente à Basílica para a Audiência Papal, que é a benção dos fiéis pelo Papa. Para participar, é preciso preencher os seus dados no site da Prefeitura do Vaticano (link). No dia é preciso passar pelo detector de metais antes de poder acessar as cadeiras na praça (chegar 2h antes). Aos domingos, ao meio-dia, o Papa celebra o Angelus, na janela da Biblioteca do Vaticano, cerimônia que tem duração de 15 min.
Praça de São Pedro – Vaticano Roma
Esta linda praça no Vaticano Roma, inicialmente constava apenas de um terreno retangular de terra. O Papa Alexandre VII chamou então Berrini para revitalizá-la. Seria necessário criar um espaço para que os peregrinos pudessem receber a benção urbi et orbi. Esta é a benção que é dada do balcão central em frente à Basílica. Então Bernini criou a praça e a cercou com uma extensa fileira de colunas dóricas, em estilo barroco. Elas formam uma circunferência oval (simulando um abraço) até a entrada na Basílica. Sobre elas, estão dispostas 140 estátuas de santos e mártires que saúdam os visitantes.
Sempre cheia de turistas, a praça possui ao seu redor prédios e museus muito interessantes. Nela há um Obelisco do Antigo Egito trazido pelo Imperador Calígula (dizem que um pedaço da Santa Cruz está escondida no topo). O Obelisco simboliza o elo entre a cristandade e a antiguidade. Além do Obelisco estão duas fontes, uma do Bernini e outra de Maderno.
Guarda Suíça do Vaticano Roma
Não deixe de ver os guardas suíços que ficam do lado esquerdo da Basílica, com seus uniformes listrados de amarelo, vermelho e azul e um capacete com plumas vermelhas. Esse “modelito” se baseou nos uniformes militares desenhados por Michelangelo.
Mas por que suíços?? Em 1506 o papa Julio II fez um pedido aos nobres suíços para enviarem cerca de 150 nobres valentes para comporem a guarda papal. Na época, a Suíça contava com uma ótima reputação em questão de soldados. Isso porque alguns soldados mercenários participavam de batalhas para diversas potências européias. E alcançavam muitas vitórias! Hoje em dia, os guardas ainda passam por uma seleção com critérios muito rigorosos. Dois deles bem curiosos: ter mais de 1.74m e ser solteiro.
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Enfim, estas foram algumas dicas de passeios pelo Vaticano Roma na Itália. Espero que tenham curtido. Até a próxima!!!
